Arquitetura é a arte de projetar e organizar espaços internos e externos seguindo critérios de estética, conforto e funcionalidade.

Sobre Arquitetura

 
Arquitetura é a arte de projetar e organizar espaços internos e externos seguindo critérios de estética, conforto e funcionalidade. O arquiteto faz o projeto e coordena a construção ou a reforma de prédios e casas. Ele esboça a planta e determina os materiais a serem empregados. Preocupa-se em ocupar o espaço disponível, levando em conta a disposição dos objetos, a ventilação e a iluminação. Como urbanista planeja e organiza o crescimento de cidades e bairros.
Habilidades e aptidões necessárias:
Interesse pelas artes, criatividade, perfeccionismo, sensibilidade, organização, capacidade de observação, habilidade numérica, gosto pelo trabalho em equipe, meticulosidade e exatidão.



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Importante para os acadêmicos

O desenho computacional através de seus programas direcionados à arquitetura (AutoCad / SketchUp / Revit / 3DMax), trouxe agilidade a vida do arquiteto fazendo com que projetos se concluam em uma escala de tempo curto.É claro que nós arquitetos temos que seguir acompanhando a evolução do tempo, mas olhando por um lado negativo, essa praticidade traz ao mercado cada vez mais arquitetos que se quer sabem criar / desenhar a mão livre ou até mesmo um desenho técnico em uma prancheta; ou seja, a sua essência esta se dissipando com a ausência do saber desenhar. Vocês acadêmicos nunca se esqueçam que a essência de um arquiteto é o desenho então não excluam suas pranchetas, um bom arquiteto que se preze tem e sempre terá sua prancheta e é claro um bom material faz a diferença na apresentação de seus trabalhos.

Segue abaixo, materiais fundamentais para um bom desempenho na vida de um arquiteto dentro e fora da Universidade.

Prancheta c/ Régua Paralela
Papel Manteiga
Pasta A3 P/trabalhos
Lapiseiras (0.3, 0.5, 0.7, 0.9 mm)
Papel Vegetal
Canudo P/guardar projetos
Escalímetro
Papel Canson
Flanela
Esquadros
Papel Couché
Fita crepe
Gabaritos
Estojo P/guardar materiais
Apontador
(Sanitário, Mobília, Eletro
Borracha macia
Bússola
e Bolômetro) escala de 1/50
Lápis de cor aquarelado
Estilete
Limpa tipos
Giz pastel seco
Pinça
Borracha de areia
Canetinhas
Tesoura
Canetas Nanquim
(Magic color ou Prismacolor)
Régua de aço
Compasso
Aquarela
Trena
Mata Gato
Pincel de cerdas macias
Cola Cascores
Lápis (HB, B, 2B, 5B, 6B)
Esfuminho
Álcool em gel



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Desenho Arquitetônico



O desenho arquitetônico é, em um sentido estrito, uma especialização do desenho técnico normatizado voltada à execução e a representação de projetos de arquitetura. Em uma perspectiva mais ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado como todo o conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico. O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Desta forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento, seja por parte do desenhista ou do leitor do desenho. Por este motivo, este tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros anos das faculdades de arquitetura. O desenho arquitetônico também costuma se constituir em uma profissão própria: os desenhistas técnicos (ou a sua versão atual, representada pelos cadistas - ou manipuladores dos softwares CAD) são comuns nos escritórios de projeto.

História

O desenho começou a ser usado como meio preferencial de representação do projeto arquitetônico a partir do Renascimento. Apesar disso, ainda não havia conhecimentos sistematizados de geometria descritiva, o que tornava o processo mais livre e sem nenhuma normatização.
Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a demandar maior rigor e precisão e consequentemente os diversos projetistas necessitavam agora de um meio comum para se comunicar e com tal eficiência que evitasse erros grosseiros de execução de seus produtos. Desta forma, instituíram-se a partir do século XIX as primeiras normas técnicas de representação gráfica de projetos, as quais incorporavam os estudos feitos durante o período de desenvolvimento da geometria descritiva, no século anterior. Por este motivo, o desenho técnico (e, portanto, o desenho de arquitetura) era naquele momento considerado um recurso tecnológico imprescindível ao desenvolvimento econômico e industrial.
A normatização hoje está mais avançada e completa, embora o desenho arquitetônico tenha passado a ser executado predominantemente em ambiente CAD (ou seja, em formato digital). Por outro lado, para grande parte dos profissionais, o desenho à mão ainda é a gênese e o principal meio para a elaboração de um projeto.

Normalização

A representação gráfica do desenho em si corresponde a um conjunto de normas internacionais (sob a supervisão da ISO). Porém, geralmente, cada país costuma possuir suas próprias versões das normas, adaptadas por diversos motivos.
No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:
NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura
NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico
Cabe notar, no entanto, que se por um lado recomenda-se a adequação a tais normas quando da apresentação de desenhos para fins de execução de obras ou em situações oficiais (como quando os profissionais enviam seus projetos à aprovação em prefeituras), por outro lado admite-se algum nível de liberdade em relação a elas em outros contextos. Durante o processo de elaboração e evolução do projeto, por exemplo, normalmente os arquitetos utilizam-se de métodos de desenho próprios apropriados às suas necessidades momentâneas, os quais eventualmente se afastam das determinações das normas. Esta liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos, que exijam uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou para se adequarem a diferentes publicações, por exemplo.

Elementos do Desenho

Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se uso dos diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional, na geometria euclidiana e na geometria descritiva. Basicamente, o desenho arquitetônico manifesta-se principalmente através de linhas e superfícies preenchidas (tramas).
Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho (o objeto representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam.
As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e secções e as elevações (ou alçados).

Traços:

Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir contraste umas com as outras.

Espessura dos traços:




Pesos e categorias de linhas:

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro espessuras de pena:

Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc.

Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista.

Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.

Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte, como a pena anterior).

Tipos de traços:

Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em:

Traço contínuo - São as linhas comuns.

Traço interrompido - Representa  um  elemento  de  desenho  "invisível"  (ou  seja,  que  esteja  além do plano de corte).

Traço-ponto - Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.

Tramas:

Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem delimitados com um traço de espessura maior no desenho. Além do traço mais grosso, esses elementos podem estar preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é representado com uma trama diferente.

Folhas:

Normalmente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os desenhos em papel manteiga ou vegetal de esquiço (desenhados a grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal (desenhados a nanquim ou tinta da China).

Tamanho das folhas - As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2A0 corresponde ao dobro daquela.
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto costuma se dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde módulo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos.

Tamanhos de folhas (mm)
A4 210 X 297
A3 297 X 420
A2 420 X 594
A1 594 X 841
A0 841 X 1189

Materiais de Desenho

Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são eventualmente usados para verificar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de treinamento de futuros desenhistas técnicos. Após a impressão de pranchas produzidas em CAD, ainda está em uso o escalímetro, que é uma multi-régua com 6 escalas, que serve para conferir medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50 utiliza-se a mesma escala em uma de suas bordas visíveis.

CAD:

A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral exige a operação programas gráficos do tipo CAD que normalmente demandam um hardware robusto e de alta capacidade de processamento, e memória. Atualmente, o principal programa para lidar com estes tipos de desenho é o AutoCAD, um software produzido pela empresa americana Autodesk. O formato em que nativamente grava seus arquivos, o .dwg, é considerado o padrão de fato no mercado da construção civil para troca de informações de projeto.
Existem, no entanto, diversos outros softwares de CAD para arquitetura. A maioria deles nem sempre é capaz de ler e escrever arquivos no formato .dwg, embora muitos utilizem-se do alternativo formato .dxf. Além de programas CAD destinados ao desenho técnico de uma forma geral, como o AutoCAD e o Microstation, também existem softwares designados especificamente para o trabalho de projeto arquitetônico, como o ArchiCAD, o ArchiStation, o VectorWorks, o Revit, entre outros, com os quais é possível visualizar o modelo arquitetônico em suas várias etapas de projeto, mais do que meramente representá-lo na forma de desenho técnico.

Desenho à mão:

A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram utilizados no desenho dito instrumentado (ou seja, o desenho feito à mão com auxílio de instrumentos de desenho). Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização.

Prancheta de desenho - Uma mesa, normalmente inclinável, na qual é possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se possam instalar réguas T ou paralelas.

Régua T ou Régua paralela - Estas réguas eram instrumentos para traçado de retas paralelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um par de esquadros.

Par de esquadros - Elementos  para  auxiliar  o  traçado  de  retas  em  ângulos  pré-desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º.

Escalímetro - Um tipo especial de régua, normalmente com seção triangular, com a qual podem ser realizadas medidas em escalas diferentes.

Lapiseiras ou lápis - Adequados às espessuras desejadas.

Canetas nanquim - Tais canetas eram utilizadas na execução dos desenho finais, como aqueles destinados à construção. Exigiam cuidado constante, pois seu entupimento, caso não fossem limpas com freqüência, seria um problema comum.

Mata-gato - Instrumento que auxilia o uso da borracha em locais determinados do desenho. Constitui-se de uma placa perfurada a ser posicionada sobre o setor do desenho a ser corrigido, de forma a que apenas se apague o desejável.

Borracha - Podendo ser a comum ou a elétrica.

Conjunto de normógrafo e réguas caligráficas - Auxiliam a escrita de blocos de texto padronizados e com caligrafia técnica.

Lâmina e borracha de areia - Permitem  a  correção  de  desenhos  errados  efetuados  à nanquim sobre papel vegetal.

Gabaritos ou escantilhões - Pequenas placas plásticas ou metálicas que possuem elementos pré-desenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias, circunferências, etc.

Curva francesa - Um tipo especial de gabarito composto apenas por curvas, nos mais variados raios.

O Desenho nas Etapas de um Projeto

Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projeto, as apresentadas a seguir normalmente são as mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes projetos.

Estudo preliminar:

O estudo preliminar, que envolve a análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores.

Anteprojeto:

Nesta etapa, com as várias características do projeto já definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos, organização funcional, partido, etc...), o desenho já abrange um nível maior de rigor e detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial, por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200. Nesta etapa ainda são anexadas perspectivas feitas à mão ou produzidas em ambiente gráfico-computacional para permitir melhor compreensão do projeto.

Projeto legal ou Projeto de licenciamento:

Corresponde ao conjunto de desenhos que é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. Por este motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade em cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto.

Projeto executivo ou Projeto de execução:

Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra, sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1.



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Bibliografia

Referências bibliográficas para profissionais e acadêmicos

A Arte de Projetar em Arquitetura - Neufert
Arquitetura Forma Espaço e Ordem - Francis D. K. Ching
Uma Introdução à Arquitetura - Silvio Colin
Desenhando com o Lado Direito do Cérebro - Betty Edwards
Desenhos Arquitetônicos - Gildo Aparecido e Edgard Blucherd
Projetando Espaços - Miriam Gurgel
Manual do Arquiteto Descalço - Johan Van Lengen
Manual do Conforto Térmico - Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer
Aprendendo a Ver Arquitetura - Bruno Zevi
Dicionário Visual de Arquitetura - Francis D. K. Ching
Desenho a Cores - Michael E. Doyle
Arquitetura de Interiores Ilustrada - Francis D. K. Ching
Arquitetura do Oriente Médio ao Ocidente - Andrea Piccini
Arquitetura Comentada - Carol Strickland
Desenhos de Arquitetura - Patrícia Ferreira
A Perspectiva dos Profissionais - Gildo Monte Negro
Instalações Hidráulicas e Sanitárias - Hélio Creder
Urbanismo - Le Corbusier
História da Arquitetura Moderna - Leonardo Benevolo
Arquitetura Contemporanea no Brasil - Yves Bruand
A História da Arte - Ernest Hans Gombrich


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Grandes Arquitetos
Frank Lloyd Wright

Considerado dos arquitetos mais importantes do século 20, Frank Lloyd Wright foi a figura mestra da arquitetura orgânica. Wright acreditava que a arquitetura não era só uma questão de habilidade e criatividade, mas deveria transmitir felicidade.

Filho de uma professora e de um pai músico e pastor, começou a trabalhar para o reitor do departamento de engenharia da Universidade de Winsconsin, onde cursou dois semestres de engenharia civil. Foi assistente de projetos do arquiteto Joseph Lyman Silsbee e supervisionou a construção de uma capela.

Viveu em Madson dos 11 aos 20 anos, quando foi para Chicago. Em 1888 conseguiu emprego de projetista na Adler & Sullivan onde trabalhou por seis anos com Louis Sullivan, da Escola de Chicago, um dos pioneiros em arranha-céus. Aos 22 anos, casou-se com Catherine Tobin, com quem teve seis filhos, e construiu uma casa no subúrbio de Chicago, que ficou conhecida como Casa e Estúdio de Frank Lloyd Wright. Wright defendia que o projeto deve ser individual, de acordo com a localização e finalidade. Dizia que "a forma e a função são uma só". Seus principais trabalhos foram a casa Kaufmann ou Casa da Cascata, considerada a residência moderna mais famosa do mundo. Também fez a sede do Museu Guggenhein em Nova York.

Frank Lloyd Wright visitou o Brasil em 1931, com sua companheira Olgivana, com quem se casara em 1928. Permaneceu três semanas no Rio de Janeiro e publicou, em diversos jornais cariocas, artigos em prol da nova arquitetura.

Renzo Piano

Renzo licenciou-se em 1964 na Escola de Arquitetura do Instituto Politécnico de Milão. Enquanto estudante, trabalhou num projeto sob a orientação de Franco Albini, visitando regularmente os edifícios que o seu pai coordenava, visto que este trabalhava no ramo da construção civil. Entre 1965 e 1970, terminou sua formação e realizou algumas experiências de trabalho através de viagens de estudo à Grã-Bretanha e América. É nessa altura que Renzo Piano conhece Jean Prouve, que se tornou seu grande amigo.

Em 1971, Piano fundou a agência “Piano & Rogers" com Richard Rogers, seu sócio no projeto do Centro Pompidou em Paris. Mais tarde, em 1977, fundou o ateliê “Piano & Rice" juntamente com Peter Rice, uma personalidade profissional que havia trabalhado com Renzo Piano em muitos projetos, parceria esta que se prolongou até à data do seu falecimento, em1993.

Finalmente, Piano fundou o seu atual ateliê em Gênova, conhecido como “Renzo Piano Building Workshop”, criando paralelamente, escritórios independentes em Paris e Gênova.

A sua equipe de trabalho abarca cerca de 102 pessoas especializadas em determinados campos subjacentes aos seus projetos arquitetônicos (coordenadores, especialistas, sócios etc), tendo ainda como colaboradores alguns arquitetos associados (consoante a obra em questão), como é o caso dos “ARB arquitectos” que colaboraram com ele no projeto do Centro Paul Klee. O seu histórico arquitetônico conta já com uma vasta gama de obras muitíssimo conhecidas e conceituadas em nível mundial (onde se destaca o Centro Georges Pompidou). Porém, Piano não se cansa de produzir a sua fantástica arquitetura high-tech que fascina qualquer pessoa desde os seus meros esquissos carregados de simbolismo, às suas imponentes construções envoltas de um característico misticismo e magia que dão toda a vida às suas obras.

Oscar Niemeyer



Oscar Niemeyer Soares Filho (Rio de Janeiro RJ 1907) é um dos mais conhecidos e representativos arquitetos brasileiros. Formou-se em 1934 em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Nesse período, frequenta o escritório de Lucio Costa. Em 1936, integra a comissão formada para definir os planos da sede do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, sob supervisão de Le Corbusier, a quem assiste, como desenhista, durante sua estada de três semanas na cidade. Apresenta a solução adotada na construção do edifício, baseada no primeiro projeto do arquiteto suíço.

Entre 1940 e 1944, projeta, por encomenda do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, o conjunto arquitetônico da Pampulha, que se configura num marco de sua obra. Em 1947, é convidado pela ONU a participar da comissão de arquitetos encarregada de definir os planos de sua futura sede em Nova York. Seu projeto, associado ao de Le Corbusier, é escolhido como base do plano definitivo.

No Rio de Janeiro, em 1955, funda a revista Módulo. Em 1956, inicia, a convite do presidente da República, JK, colaboração na construção da nova capital, cujo plano urbanístico é confiado a Lucio Costa. Em 1958, é nomeado arquiteto-chefe da nova capital e transfere-se para Brasília, onde permanece até 1960.

Em 1972, abre um escritório em Paris. Autor de extensa obra no Brasil, realiza também grande número de projetos no exterior, como a sede do Partido Comunista Francês, em Paris, 1967; a Universidade de Constantine, na Argélia, 1968; a sede da Editora Mondadori, em Milão, 1968. Tem sua obra exposta em mostras individuais, como Oscar Niemeyer, L'Architecte de Brasília, no Musée des Arts Décoratifs, Paris, 1965; Oscar Niemeyer 80 Anos, no MAM/RJ, 1987; Oscar Niemeyer: escultura, no MAC/Niterói, 1999, entre outras; e coletivas como From Aleijadinho to Niemeyer, no Salão de Exposições da ONU, Nova York, 1983, e Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal, São Paulo, 1984. Recebe, entre muitas outras homenagens e distinções, a Ordem de Comendador das Artes e Letras e a Medalha de Ouro da Academia de Arquitetura de Paris, 1982; o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de São Paulo, 1995; e o Prêmio Leão de Ouro, na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, 1996, além do Prêmio Pritzker pelo conjunto da obra.

Antoni Gaudí

Arquiteto espanhol nascido em 1852 e falecido em 1926, é considerado a personalidade mais importante do modernismo catalão, ramo do movimento art nouveau, que pretende a integração entre arte, arquitetura e natureza.

Antoni Plàcid Gaudí y Cornet nasceu em Reus, perto de Tarragona, e estudou na Escola de Arquitetura de Barcelona. De hábitos austeros, mantém-se solteiro e dedica sua vida à arquitetura, que considera a síntese de todas as artes.

A influência de arquitetos da Idade Média é clara já em suas primeiras obras, como a Casa Vicens e o Palácio Güell. Também nesses dois exemplos se notam algumas características constantes na obra de Gaudí: a concepção do prédio como um todo e a abundância de elementos hispano-arábicos.

A maior parte de seus trabalhos se encontra na cidade de Barcelona ou nos arredores, como o Parque Güell (1910-1914), feito de fragmentos de ladrilhos, azulejos e outros materiais que o tornam parecido com um imenso mosaico, e a Igreja da Sagrada Família, iniciada em 1883 e ainda em construção, que combina elementos góticos, românticos e modernos. Gaudí morreu atropelado por um bonde.

Le Corbusier

Le Corbusier é o sobrenome profissional de Charles Edouard Jeanneret-Gris, considerado a figura mais importante da arquitetura moderna. Estudou artes e ofícios em sua cidade natal, na Suíça, e depois estagiou por dois anos no estúdio parisiense de Auguste Perret, na França. Viajou para a Alemanha onde colaborou com nomes famosos da arquitetura naquele país, como Peter Behrens.

Le Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon e outros edifícios da Grécia antiga. Ficou impressionado com o uso da razão áurea pelos gregos clássicos. O livro "Vers une Architecture" mostra uma nova forma da arquitetura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão áurea, uma proporção matemática considerada harmônica e agradável à visão.

Para o arquiteto, o tamanho padrão do homem era 1,83m. Baseado nisso, em números do matemático Fibonacci (1170-1250) e na razão áurea dos gregos antigos, criou uma série de medidas proporcionais, o Modulor, que dividia o corpo humano de forma harmônica e equilibrada. Baseava-se nisso para orientar os seus projetos e suas pinturas.

Tinha 35 anos quando se associou a seu primo, o engenheiro Pierre Jeanneret, em Paris. Foi quando adotou de vez o pseudônimo profissional de Le Corbusier (o corvo, adaptado do sobrenome de sua bisavó Lecorbésier).

Embora sua principal carreira tenha sido a de arquiteto, também foi competente na pintura e na teoria artística. Como pintor, ajudou a fundar o movimento purista, uma corrente derivada do cubismo, nos anos 1920. Na revista francesa "L'Esprit Nouveau" (O espírito novo), publicou numerosos artigos com suas teorias arquitetônicas.

Uma de suas principais contribuições, afora o repúdio a estilos de época, foi o entendimento da casa como uma máquina de habitar (machine à habiter), em concordância com os avanços industriais. Sua principal preocupação era a funcionalidade. As edificações eram projetadas para serem usadas.

Definiu a arquitetura como o jogo correto e magnífico dos volumes sob a luz, fundamentada na utilização dos novos materiais: concreto armado, vidro plano em grandes dimensões e outros produtos artificiais. Uma de suas preocupações constantes foi a necessidade de uma nova planificação urbana, mais adequada à vida moderna. Suas ideias tiveram grande repercussão no urbanismo do século 20. Foi o autor do Plano Obus, para reurbanizar Argel, capital da Argélia, e de todo o planejamento urbano de Chandigarh, cidade construída na Índia para ser a capital do Punjab. O edifício sede das nações Unidas (ONU), em Nova York, foi desenhado por Le Corbusier, pelo brasileiro Oscar Niemeyer e pelo inglês Sir Howard Robertson, em 1947.

Aos 78 anos, Le Corbusier morreu afogado no mar Mediterrâneo. Oito anos antes, havia feito o projeto de seu túmulo, que foi construído imediatamente após a sua morte.

Santiago Calatrava


Em 1974, licenciou-se em arquitetura na cidade de Valência, onde também frequentou o curso de urbanismo e de Belas Artes. Mudou-se para Zurique para estudar engenharia civil, licenciando-se em 1979 e doutorando-se em 1981. Nesse mesmo ano, abriu seu estúdio profissional em Zurique, que atualmente conta com sedes em Paris e Valência.

É difícil estabelecer um perfil da arquitetura de Calatrava devido a sua complexidade e heterodoxia irredutíveis a fórmulas. Talvez por isso, e por sua própria formação integral (estudos de artes e ofícios, arquitetura e engenharia), é um dos protagonistas mais originais e completos da arquitetura contemporânea.

Sua assinatura encontra-se em mais de 200 trabalhos: estudos, opiniões, concursos e projetos de várias dimensões, desde os interiores a grandes infra-estruturas. Também é o autor de muitas realizações de grande porte, como pontes (Ponte do Alamillo, Sevilha, 1987-1992), estações, aeroportos, espaços para eventos e trabalhos de ordenação urbanística.

A arquitetura de Calatrava é muito estrutural e presta muita atenção ao pormenor material. Predomina também o valor cinético-dinâmico em contraponto ao tradicional imobilismo das massas arquitetônicas. É uma arquitetura tecnológica – mas não técnica –- e figurativa, sem ser formal, baseada no movimento, na transformação, na adaptabilidade.

Calatrava gosta de evidenciar o movimento das forças que animam as construções. Introduz soluções móveis e configurações dinâmicas, frequentemente assimétricas. Talvez por isso seja classificado como um dos mais ativos "estruturistas" contemporâneos. Também gosta de dotar suas realizações de conotações organicistas e surrealistas. Inspira-se primordialmente nos seres da natureza (antropomórficos, harmonias e equilíbrios dos esqueletos ou das formas naturais, articulações-rótulas, tendões-cabos); assume muitos riscos na busca de um estilo próprio que se baseia na natureza.

Em sua curta trajetória, já tem obras suficientemente importantes para ser reconhecido ("Torre de Montjuïc, Barcelona, 1982-1992). Dotado de um grande talento para o desenho, também se ocupou de pesquisas paralelas à sua arquitetura, tanto no campo do desenho de objetos como no da escultura.

Norman Foster

Arquiteto inglês, Sir Norman Foster nasceu em Manchester em 1935. Formou-se na Escola de Arquitetura da Universidade de Manchester, em 1961, e recebeu uma bolsa para a Universidade de Yale nos Estados Unidos da América, onde se doutorou em Arquitetura. Nesta Universidade conheceu Richard Rogers, um dos autores do célebre centro cultural Centre Georges Pompidou em Paris (1977), com quem fundou o ateliê Team 4, vindo a separar-se deste arquiteto em 1967 quando estabeleceu a Foster Associates.

A sua obra caracteriza-se pela utilização de soluções tecnologicamente inovadoras e uma atenção extrema em todos os pormenores. A utilização de sistemas construtivos semelhantes aos utilizados na indústria pesada ajuda a conferir um caráter tecnológico ou "high tech".

Foster é um dos mais prestigiados arquitetos do mundo que na sua fase mais recente vem produzindo edifícios emblemáticos em várias grandes cidades da Europa, EUA ou Hong Kong, onde se encontra a sua obra mais mediática, o Hong-Kong and Shanghai Bank (1979 -86), uma enorme torre de estrutura metálica que se transformou numa referência desta cidade.
Em 1999, inaugurou-se o novo Parlamento Alemão em Berlim de sua autoria. Nesse ano é-lhe também atribuído o Prêmio Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura. Em 2004, o edifício 30 St. Mary Axe, em Londres, por si concebido foi alvo do Prêmio Stirling, atribuído pelo Royal Institute of British Architects (RIBA).

Jean Nouvel

Arquiteto francês, Jean Nouvel nasceu em 1945, em Fumel, na região Lot-et-Garonne, no sudoeste de França. Estudou arquitetura na Escola de Belas Artes de Paris onde teve como mestres Claude Parent e Paul Virilio, concluindo o curso em 1971. Com Franços Seigneur estabeleceu o seu primeiro ateliê em 1970. Realiza um conjunto de pequenos projetos de caráter eclético e cenográfico onde experimenta várias linguagens e é co-fundador, com o crítico Georges Boudaille, das Bienais de Paris de Jovens Artistas.

Em 1980 realiza o projeto de renovação do teatro oitocentista de Belfort e mais tarde do Centro Cultural La Coupole (1981-1987) que assume a imagem de grande armazém ou de centro comercial. Em 1981 Nouvel vence o concurso para o projeto do Instituto do Mundo Árabe em Paris, um dos seus trabalhos mais conhecidos que, embora filiado na estética High Tech, cruza referências com a cultura arquitetônica tradicional árabe.Uma visão muito pessoal do alojamento social, onde cruza a estética da indústria e dos materiais não revestidos com inovadoras tipologias em vários pisos, está representada no projeto dos edifícios de habitação Nemausus construídos em Nîmes (1985-1987).

O crescimento do volume de trabalho leva-o a procurar um novo sócio. Com a ajuda do arquiteto Emmanuel Cattani a atividade de Jean Nouvel internacionaliza-se. Participa em inúmeros concursos de que constam o enorme volume escultórico e sensual do projeto para a Ópera de Tóquio (1986), realizado em parceria com o designer Phillipe Starck ou a icônica ampliação da Ópera de Lyon 1986-1993).

O caráter biológico e orgânico de muitas das suas soluções formais encontram-se emblematicamente representadas pelo Centro de Congressos de Tours (1989-1993). A atenção à especificidade dos sítios e ao valor paisagístico dos edifícios encontra grande requinte em alguns projetos para fábricas e para o Hotel de Bouliac, uma região rural, que retoma, com os seus volumes fragmentados e cobertura inclinada, a tipologia tradicional dessa zona. A "Torre Sem Fim" (1989), um enorme arranha-céus para a zona da Défense, em Paris, explora a ideia de densidade da fachada como forma de introduzir a percepção de transparência gradual em direção ao céu. O edifício Cartier (1991-1995) ou as Galerias Lafayette de Berlim (1991-1996) levam a um ponto ainda mais radical a concepção das transparências, dos reflexos e da sobreposição de grelhas e de tramas desenvolvidas no Instituto do Mundo Árabe. Nouvel desenhou, para o Edifício Cartier, uma série de móveis designada Less, caracterizada pela estrema redução formal e total abstração das suas linhas, com a qual ganhou o prémio "Equerre d'Argent" de 1987.

De entre as várias distinções que lhe foram concedidas contam-se a de Cavaleiro das Artes e Letras, 1983, a de Cavaleiro da Ordem de Mérito de 1987, o Grand Prix de l'Architecture de 1987 e o Architectural Record Prize de 1990. Membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos desde 1993 e do Royal Institute of British Architects, desde 1995.

Tadao Ando

Nascido em Osaka em 1941, Tadao Ando constitui um caso invulgar, na medida em que é um autodidata no domínio da Arquitetura, em grande parte graças às suas viagens aos Estados Unidos, Europa e África (1962-69).

Fundou a empresa Tadao Ando Architect & Associates em Osaka, em 1969. Quando Ihe perguntam como nasceu o seu interesse pela arquitetura, responde: “Acontece que se faziam construções no sítio onde eu morava, quando eu tinha quinze anos, e eu travei conhecimento com alguns carpinteiros. Mais ou menos na mesma época, encontrei num alfarrabista um livro sobre a obra completa de Le Corbusier, copiei alguns dos seus desenhos, e diria que foi assim que comecei a interessar-me ela arquitetura”.

Vencedor do Prêmio Carisberg em 1992, do Prêmio Pritzker em 1995, do Premium Imperiale em 1996 e da Medalha de Ouro do Royal Institute of British Architects em 1997, Tadao Ando é um dos arquitetos mais respeitados do mundo. Alguns dos seus admiradores ou, neste caso, dos seus detratores, deram-se ao trabalho de visitar os seus edifícios. Nem a melhor fotografia nem o desenho mais minucioso conseguem reproduzir os efeitos da mudança da luz à medida que o sol se esconde atrás do Templo de Hompuku-ji , na ilha de Awaji , sobranceiro à Baía de Osaka.

Todavia, o essencial da sua obra só pode captar-se através desses instantes fugidios, quando a presença da natureza se impõe e depois desaparece atrás das paredes de betão. 

Steven Holl

Nasceu em Bremerton, Washington, Estados Unidos, em 1947. Arquiteto formado pela Universidade de Washington em 1971, realiza parte de seus estudos arquitetônicos em Roma e sua pós-graduação na Architectural Association de Londres, em 1976.

Depois de iniciar a carreira na Califórnia, criou seu próprio escritório, Steven Holl Architects, na cidade de Nova Iorque em 1976. Dentre suas obras mais conhecidas, merecem destaque Texas Sterro House (Dallas, 1992), o complexo residencial em Makuhari (Japão, 1995), a igreja de San Ignacio da Universidade de Settle (1998), a ampliação do Instituto de Ciência de Cranbrook (1999), o Museu de Arte de Bellevue (2001) e a ampliação  da Biblioteca Americana  em Berlim.

Recebeu numerosos prêmios e recentemente publicou um livro (Parallax) sobre a percepção do espaço, que ganhou o Prêmio Princeton de Arquitetura.

Dominique Perrault

Arquiteto francês, nascido em 1953, Dominique Perrault formou-se arquiteto em 1978, pela Escola Superior de Belas-Artes, Paris. Em 1979 colou grau como Urbanista  pela Escola Superior des Ponts et Chaussée, Paris; e, em 1980, pós-graduou-se em História pela Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais, igualmente em Paris.

É membro da Academia de Arquitetura de França; desde 1998 é presidente do Instituto Francês de Arquitetura (IFA); cavaleiro da Legião de Honra; membro honorário da Associação de Arquitetos Alemães (BDA) e do Real Instituto de Arquitetos Britânicos.

A maioria das suas obras incide sobre projetos de grande dimensão e larga escala, quase sempre institucionais. Alguns deles são consequência dos inúmeros concursos de arquitetura em que participa, destacando-se sete, em que recebe o 1.° prêmio: Biblioteca Nacional de França, Paris (1989-1995); Velódromo e Piscina olímpicos, Berlim, Alemanha (1991/1998-1999); Câmara Municipal e Centro Comercial, Innsbruck, Áustria (1996); ampliação do Tribunal Europeu de Justiça, Luxemburgo (1996-2007); Mediateca Central de Venissieux, França (1997-2001); Piazza Gramsci, Cinisello Balsamo, Itália (1999-2003); e ordenamento da frente da Praia de Las Teresitas, Tenerife, Espanha (2000- ). Recebe diversos prêmios e menções de arquitetura desde 1983, em particular os 1.os prêmios AMO (arquiteto/cliente), da revista Moniteur (ambos em 1990), e Europeu Constructa'92 pelo Hotel Industrial Jean Baptiste Berlier, Paris (1986-1990); em 1997, o Prémio Mies van der Rohe para Arquitetura Europeia, atribuído pela Fundação Mies van der Rohe e Parlamento Europeu, pela Biblioteca Nacional de França; e em 2000 o 1.° prémio no Concurso AIT de Mobiliário de Escritório, pela Cadeira de Leitura da Biblioteca Nacional de França.

Para além dos já referidos, destaque para as seguintes obras e projetos: Biblioteca de Kansai-Kan, Quioto, Japão (1996, concurso); Fábrica Aplix, Le Cellier, Nantes (1997-1999); Supermercado M-Preis, Wattens, Áustria (1999-2000); Cidade da Cultura Galega em Santiago de Compostela, Espanha (1999, concurso com o 1º prémio atribuído ao arquiteto Peter Eisenman); Jardim Botânico Nacional de Chevreloup, Versalhes, Paris (2000-2002); e o Hotel Nova Diagonal, Barcelona, Espanha (2001- ). No que toca a arquitetura doméstica, de entre tão vasta obra destacam-se apenas duas casas: Villa One, Côtes d'Armour, França (1992-1995); e Bonte, Bretanha (2000- ). Isto provavelmente porque, entre outros motivos, na arquitetura doméstica é difícil e complicado eticamente (já que o utilizador é um indivíduo ou grupo de indivíduos caracterizados e específicos), subverter alguns dos métodos e sintaxe arquitetónica moderna (imagem, linguagem e iconologia).

Explora a mutabilidade e o efêmero na imagem, na tentativa de gerar a renovação, de atingir o perene na essência e na existência. Defende a obra aberta, em transformação permanente, pelo que só pode ser apreendida no seu dinamismo e vibração; fotografá-la, representá-la, defini-la é amputá-la, diminuí-la. Intervindo quase sempre em áreas não totalmente consolidadas, à procura de identidade, nos espaços residuais da cidade do movimento e dos fluxos, e/ou em zonas que requerem uma estratégia de renovação e revitalização, a sua postura é a da introversão, por muito paradoxal que isto pareça.

Para além de uma imagem imediata e mediática, fugaz e mutável, existe umaviolência da abdicação e da abstração; a sua arquitetura é infraestrutural por excelência, portanto, neutra; detém a eficácia da verdadeira máquina, sem os sentidos conotativos atribuídos pelo arquiteto Le Corbusier. Caracteriza por tudo isto um movimento de e em transformação para além do moderno, do racionalismo ou do minimalismo; uma ruptura, da qual para já é difícil avaliar as consequências e hipóteses de verdadeira alternativa e continuidade.

Mies Van Der Rohe

Ludwig Mies van der Rohe, nascido Maria Ludwig Michael Mies em 1886, faleceu em Chicago em 1969. Foi um arquiteto alemão naturalizado estadunidense, considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, sendo geralmente colocado no mesmo nível de Le Corbusier ou de Frank Lloyd Wright.

Foi professor da Bauhaus e um dos criadores do que ficou conhecido por International Style, onde deixou a marca de uma arquitetura que prima pelo racionalismo, pela utilização de uma geometria clara e pela sofisticação. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais modernos, como o aço industrial e o vidro para definir os espaços interiores, e a aparência exterior de suas obras.

Concebeu espaços austeros, mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. Também é famoso pelas várias frases cridas por ele, algumas delas são conhecidas praticamente no mundo todo, como é o caso das frases "less is more " ("menos é mais") e "God is in the details" ("Deus está nos detalhes").

Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitetônico. Sua concepção dos espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo.

Zaha Hadid

Zaha Hadid  nasceu em Bagdad em 1950. É uma arquiteta iraquiana identificada com a corrente desconstrutivista da arquitetura. Formou-se em Matemática na Universidade Americana de Beirute. Após se formar, passou a estudar na Architetural Association de Londres.

Depois de se graduar em arquitetura tornou-se membro do Office for Metropolitan Architecture (OMA), trabalhando com seu antigo professor, o arquiteto Rem Koolhaas. Em 1979, passou a estabelecer prática profissional própria em Londres. Na década de 1980, também lecionou na Architectural Association.

Grande parte da obra de Zaha Hadid é conceitual. Entre seus projetos executados estão: Vitra Fire Station (1993), Weil am Rhein, Alemanha; Centro Rosenthal de Arte Contemporânea (1998), Cincinnati, Ohio, EUA; Terminal Hoenheim-North & estacionamento (2001), Estrasburgo, França; Bergisel Ski Jump (2002), Innsbruck, Áustria. Zaha Hadid também realizou trabalhos de interiores alto-padrão, incluindo a Zona da mente no Domo do Milênio em Londres.

Vencedora de diversas competições internacionais, alguns de seus projetos vencedores nunca foram construídos: notavelmente The Peak Club em Hong Kong (1983) e a Ópera da Baía de Cardiff em Gales, 1994. Em 2004, Hadid se tornou a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura, pelo conjunto de sua obra. Anteriormente ela também fora premiada pela Ordem do Império Britânico pelos serviços realizados à arquitetura.

Rafael Moneo


Arquiteto espanhol formado pela Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madri, Rafael Moneo é reconhecido internacionalmente tanto por seus projetos como por sua atuação no ensino universitário. Após concluir a graduação, em 1961, acompanhou o projeto da Ópera Sydney, realizada pelo escritório de J. Utzon, em Hellebaeck (Dinamarca). Em seguida, estudou em Roma por dois anos, conhecendo nomes da arquitetura italiana como Paolo Portoguesi e Manfredo Tafuri.

Em meados da década de 1970, lecionou na Escola de Arquitetura Cooper Union, em Nova York, e tornou-se professor titular na Escola de Arquitetura de Madri. Em 1984, Moneo foi nomeado chefe do Departamento de Arquitetura da Escola de Design da Universidade de Harvard.

Durante o período, participou da concorrência ao projeto da Estação de Trem de Atocha, na capital espanhola, vencendo-a. Outros importantes projetos criados e desenvolvidos por ele são a sede da prefeitura de Logronho (La Rioja, Espanha), o Museu de Arte Romana em Mérida e o edifício da Previdência Espanhola em Sevilha.

Em 1996, conquistou o Prêmio Pritzker de Arquitetura, o mais importante da área, além da Medalha de Ouro da Academia de Arquitetura da França e a Medalha de Ouro da União Internacional de Arquitetos.

No início dos anos 1990, Moneo preparou um curso para os estudantes da Harvard Graduate School of Design sobre a obra dos principais arquitetos da cena contemporânea. As aulas foram compiladas e delas resultou seu livro Inquietação teórica e estratégia projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos, lançado pela Cosac Naify no início de 2009.


Álvaro Siza

Nascido em 1933 em Matosinhos, uma localidade costeira no norte de Portugal, junto à cidade do Porto, Álvaro Siza Vieira é filho de Júlio Siza Vieira e Cacilda Ermelinda Camacho Carneiro. Do seu casamento, ele teve dois filhos, Joana Marinho Leite Siza Vieira e Álvaro Leite Siza Vieira, também arquiteto.

Siza Vieira estudou, entre 1949 e 1955, na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde lecionou, de 1966 a 1969, voltando em 1976. Fortemente marcado pelas obras dos arquitetos Adolf Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, cedo ele conseguiu desenvolver a sua própria linguagem, embebida não só nas referências modernistas internacionais como também na forte tradição construtiva portuguesa, dos quais resultaram obras de um requinte e detalhe ímpares no modernismo português, dos quais se destaca a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira. A isto, não é alheio, o relacionamento muito próximo com o arquiteto Fernando Távora, seu professor, e uma das principais referências da Escola do Porto, com quem colaborou de 1955 a 1958, desenvolvendo posteriormente forte amizade e cumplicidade criativa.


As suas obras encontram-se por todo o mundo, desde América à Ásia, passando por países como Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, entre outros. Nos Países Baixos, Siza Vieira dirigiu, de 1985 a 1989, o Plano de Recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em Haia; em 1995, concluiu o projeto para os blocos 6-7-8 de Ceramique Terrein, em Maastricht. Elaborou, na Espanha, o projeto para o Centro Meteorológico da Villa Olímpica em Barcelona; o do Centro Galego de Arte Contemporânea e da Faculdade de Ciências da Informação, em Santiago de Compostela; a reitoria da Universidade de Alicante; o Edifício Zaida, em Granada; e o Complexo Desportivo Ribero Serralo, em Cornellá de Llobregat.



Siza Vieira criou verdadeiros marcos na história da arquitetura portuguesa e internacional, influenciando muitas gerações de arquitetos. Vejam-se as Piscinas de Marés, o Museu de Serralves, a igreja de Marco de Canaveses, ou mais recentemente, o museu para a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil, onde Álvaro Siza retorna a umas das suas mais fortes influências de linguagem arquitetônica, Le Corbusier. E este é, poderemos dizer, o principal talento de Siza, conseguir reinterpretar ou mesmo se redesenhar, procurando uma linguagem que, até então, tinha vindo a mostrar em alguns apontamentos de obras recentes complexidade formal aliada a uma aparente simplicidade do desenho.



Foi agraciado pela Universidade Técnica de Lisboa com o grau de Honoris Causa em 2010. Siza foi ainda professor visitante na Escola Politécnica Federal de Lausana, na Universidade de Pensilvânia, na Universidade de Los Andes em Bogotá e na Universidade Harvard.



Alvar Aalto

Alvar Aalto estudou no Instituto Politécnico Finlandês em Helsinque, formando-se em arquitetura em 1921. De 1923 a 1927 trabalhou em escritório próprio com sua mulher Aino Marsio (1898-1949), com quem se casou em 1925. De 1927 a 1933, trabalhou com Erik Bryggman (1891-1955), outro importante arquiteto finlandês, também formado pelo Instituto Politécnico Finlandês.

Aalto foi um dos primeiros e mais influentes arquitetos do movimento moderno escandinavo, tendo sido membro do Congrès Internationaux d'Architecture Moderne (CIAM). Alguns dos trabalhos de maior relevância foram, por exemplo, o Auditório Finlândia, e o campus da Universidade de Tecnologia de Helsínquia, ambos em Helsínquia, Finlândia. No campo do design, tornaram-se célebres os projetos de cadeiras baseados na exploração das possibilidades de corte e tratamento industrial da madeira.

Em 1932 começou seu trabalho como designer, fundando com sua esposa Aino Aalto, a Artek Ltda em 1935 para a construção e distribuição de seus móveis. Em 1940 tornou-se professor da Faculdade de Arquitetura do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA. Em 1952 casou-se com Elissa Makiniemi, que se tornou a responsável pelo seu escritório até 1994.

David Chipperfield



David Chipperfield, arquiteto britânico, nasceu em Londres em 1953. Estudou arquitetura na Architectural Association School of Architecture de Londres, licenciando-se em 1977. No período entre 1978 e 1984, trabalhou com arquitetos como  Douglas Stephen, Richard Rogers e Norman Foster, criando seu próprio estúdio David Chipperfield Architects em 1984. Mantém escritórios em Londres e Millão e uma filial em Shanghai.

Sua arquitetura enquadra-se na corrente estilística conhecida como Minimalismo. Tem dedicado seu trabalho na construção e no urbanismo, bem como no designer de móveis e interiores. Ganhou diversos prêmios, entre eles várias vezes o Prêmio RIBA (Royal Institute for British Arquitects) por diferentes obras, destacando-se museus, galerias de arte, bibliotecas, residências particulares, hotéis e ateliês.

Em 1999, David Chipperfield foi contemplado com a Medalha de Ouro Heinrich Tessenow, seguido pela exposição de sua obra Tessenow-Stipendiat de 1998, o arquiteto espanho Andrés Jaque. Em 2000 foi um dos arquitetos que representaram a Grã Bretanha na Bienal de Arquitetura de Veneza. Em 2003 foi eleito Membro Honorário da Academia de Arte e Desenho de Florença. Em 2004 foi nomeado Comendador da Ordem do Império Britânico (CBE) pelos serviços prestados à Arquitetura.

Também foi professor de desenho em diferentes escolas de arquitetura do Reino Unido e professor visitante de várias universidades estrangeiras da Europa e Estados Unidos.

Kengo Kuma


Kengo Kuma nasceu em 1954 em Kanagawa, Japão. Obteve o grau de Mestre em 1979, na Universidade de Tóquio. Entre 1985 e 1986, estudou na Universidade da Colúmbia como pesquisador. Fundou em 1990 o ateliê Kengo Kuma & Associates, sediado em Aoyama, Tóquio. Entre 2001 e 2008, leccionou na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Keio. Em 2009 tornou-se professor na Universidade de Tóquio.

Entre os trabalhos mais importantes de Kengo Kuma, destacam-se o Observatório de Kirosan, o Centro de Artes Performativas de Toyama e o Museu Bato-machi Hiroshige. Entre os trabalhos mais recentes encontram-se o Great Bamboo Wall, o Museu da Prefeitura de Nagasaki, o Museu Suntory de Arte, e o Museu Nezu. Tem atualmente a decorrer uma série de projetos de grande escala na Europa e China.

Kengo Kuma foi contemplado com uma série de prêmios internacionais: em 1995 o Prêmio AIA Benedictus, em 1997 o Architectural Institute of Japan Annual Award, em 2000 o International Stone Architecture Award, em 2001 o Prêmio Murano, em 2002 o prêmio finlandês International Spirit of Nature Wood Architecture Award, em 2007 o International Architecture Awards for the Best New Global Design e, finalment,e em 2008 o Energy Performance + Architecture Award.

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